sexta-feira, 6 de março de 2015

PEÕES DO ENSINO

       Já comparei professores a peões, e suspeito que alguns não gostaram disso. Se realmente não gostaram, esqueceram que são da classe trabalhadora. Não é errado comparar mestres a peões. Em Roma, alguns escravos eram professores. Além disso, tantas são as queixas relativas a salário e condições de exercício da profissão, que chega a ser incoerente que um explorado não se reconheça nominalmente como tal. Em outras palavras: É ilógico que um professor explorado não aceite ser chamado de peão por não se identificar (ou por não querer se identificar) com quem trabalha no campo seguindo ordens. Só há lógica nessa recusa quando acha correta a exploração. Já ouvi profissionais que pensam que quem não estudou merece ganhar menos do que eles. Tais profissionais põem a competição acima da colaboração. Nem Paulo Freire os salva.

(Duque de Caxias, em 7/1/2015, no Facebook.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário