(A Isabel Allende e Paulo Freire.)
Papéis
atestam a burrice humana:
Cada
um cumpre a função que lhe cabe
Com
o cabresto ideológico que já se sabe:
O
mérito é o caminho do alto da montanha...
Montanha
de alvenaria com gramado e piscina,
Onde
o cristão convicto, cidadão modelo, guarda o carro.
Sua
família merece comercial de margarina.
Para
seu orgulho, mas também desagrado, é tudo caro.
Tudo
se conquista, tudo se compra;
Mas
os pobres-diabos do submundo,
Carentes
de justiça (que não é caridade), ficam nas sombras.
Mudança? Diz-se, com fatalismo, que não é possível;
Mas
dum miserável diz-se que o trabalho melhora o curso.
Incoerência! Meritocracia no discurso, mas não no mundo
factível.
(Duque de Caxias, 10/2/2015.)
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