domingo, 28 de julho de 2013

                                                         À MAIS BELA

                       És um sonho em forma de menina.
                       É por seres tão maravilhosa tela
                       Que te dou estas palavras finas,
                       As quais te moldam; mas quanto tu não são tão belas.

                        Vi que é muito firme o teu olhar;
                        Não ousei sustentá-lo por muito tempo:
                        Baixei os olhos, de modo que pude contemplar
                        O teu formoso desenvolvimento.

                        Tens tudo: inteligência e beleza, que desabrocha.
                        Tua mente está aberta aos estudos,
                        E na flor da idade estás agora.

                        Nada disso, porém, é novidade:
                        Não há nenhuma neste mundo.
                        Contudo, és uma joia de menina — uma preciosidade.

                                                                     (Duque de Caxias, 13 de julho de 2012.)


APÊNDICE
      
       Escrevi estes versos pensando numa menina que roubou o meu coração. Não fiz com que chegassem a ela. Em verdade, eu nem a conheço muito bem. Mas quando a vi, percebi que era (e ainda é) encantadora. Creio que seja uma garota em cujo dedo se deve pôr uma aliança.  É digna de ser a dona do meu coração; é digna de ser minha suserana.
       No original, lia-se: ...mas como tu não são tão belas.  Alterei essa parte para que se evite um possível erro de interpretação.
       A jovem à qual é dirigida a mensagem do soneto é um anjo, um ser celestial.  Nem o mais incandescente dos astros brilha tanto quanto a sua graciosidade; nem o mais pálido raio de luar é mais puro e alvo que seu semblante juvenil; nem a mais suntuosa e mais polida moldura de ouro é tão resplandecente e firme quanto os seus olhos; nem os mais belos véus de água de cachoeira são tão bonitos e puros quanto os seus cabelos; nem o mais límpido céu é tão perfeito quanto ela, por quem Deus deveria descer à Terra, onde proclamaria a eternidade da primavera, que passaria a ser estação única.  Eu beijaria o chão em que ela (a menina) põe os pés.  Ai, Deus, deixe-me vê-lasempre, por favor, deixe-me ver aquela linda menina todos os dias.  Se não, dê-me a morte.
                                                                          
                                                                          (Duque de Caxias, 28 de julho de 2013.)


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