És um sonho em forma de menina.
É por seres tão maravilhosa tela
Que te dou estas palavras finas,
As quais te moldam; mas quanto tu não são tão belas.
Vi que é muito firme o teu olhar;
Não ousei sustentá-lo por muito tempo:
Baixei os olhos, de modo que pude contemplar
O teu formoso desenvolvimento.
Tens tudo: inteligência e beleza, que desabrocha.
Tua mente está aberta aos estudos,
E na flor da idade estás agora.
Nada disso, porém, é novidade:
Não há nenhuma neste mundo.
Contudo, és uma joia de menina — uma preciosidade.
(Duque de Caxias, 13 de julho de 2012.)
APÊNDICE
Escrevi estes versos pensando numa menina que roubou o meu coração. Não fiz com que chegassem a ela. Em verdade, eu nem a conheço muito bem. Mas quando a vi, percebi que era (e ainda é) encantadora. Creio que seja uma garota em cujo dedo se deve pôr uma aliança. É digna de ser a dona do meu coração; é digna de ser minha suserana.
No original, lia-se: “...mas como tu não são tão belas”. Alterei essa parte para que se evite um possível erro de interpretação.
A jovem à qual é dirigida a mensagem do soneto é um anjo, um ser celestial. Nem o mais incandescente dos astros brilha tanto quanto a sua graciosidade; nem o mais pálido raio de luar é mais puro e alvo que seu semblante juvenil; nem a mais suntuosa e mais polida moldura de ouro é tão resplandecente e firme quanto os seus olhos; nem os mais belos véus de água de cachoeira são tão bonitos e puros quanto os seus cabelos; nem o mais límpido céu é tão perfeito quanto ela, por quem Deus deveria descer à Terra, onde proclamaria a eternidade da primavera, que passaria a ser estação única. Eu beijaria o chão em que ela (a menina) põe os pés. “Ai, Deus, deixe-me vê-la” sempre, por favor, deixe-me ver aquela linda menina todos os dias. “Se não, dê-me a morte.”
(Duque de Caxias, 28 de julho de 2013.)
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